Coletivo Semifusa
Uma ressaca de carnaval gratuita e alternativa em meio aos casarões históricos da cidade do circuito do ouro.
Sabará, cidade que tem um dos maiores carnavais de Minas trazendo cerca de 40 mil pessoas às ruas, recebeu no dia 20 de fevereiro o Grito Rock América do Sul 2010. Realizado pelo Coletivo Fórceps, a proposta para o evento foi uma “ressaca de carnaval” diurna, alternativa e gratuita. Em sua terceira edição na cidade, o objetivo este ano era atingir uma quantidade maior de público e popularizar a música independente, apostando na diversidade sonora e na gratuidade.
O evento ocorreu com apoio do comércio local e da prefeitura, que liberou o espaço para os shows, banheiros químicos, estrutura para barracas e presença da guarda municipal. Destaque para a barraquinha do Fórceps que apresentou vasto material, incluindo a camisa do Grito Rock América do Sul 2010 Sabará, simples e atrativa.
A Praça Santa Rita, localizada exatamente no centro histórico da cidade, foi um cenário aconchegante para as apresentações que ocorreram no coreto, com equipamento de primeira suprindo todas as necessidades das bandas. Durante o fim da tarde e princípio da noite circularam por lá cerca de 350 pessoas, além de espectadores atentos de seus “camarotes VIPs” nas janelas dos belíssimos casarões que cercam o local.
Às 16 horas teve início a primeira atração, a banda local Trianon com seu rock alternativo, ganhadora de prêmios em festivais locais, sendo um dos principais nomes da cena sabarense. A banda subiu ao palco demonstrando maturidade, executando bons riffs, arranjos e composições, que oscilam entre melódico, melancólico, corriqueiro, inteligente e suave.
Logo em seguida, com a sua miscelânea de diversos estilos e trechos de “músicas alheias” inseridos em suas letras, o Graveola e o Lixo Polifônico apresentou o seu estilo musical “incerto e difícil de descrever”, revezando instrumentos entre os músicos, utilizando ainda diversos arranjos de percussão e voz, sendo ovacionado pelo público presente, que pediu bis no final.
O Festenkois, de Belo Horizonte, levou para Sabará o peso do rock em inglês oriundo de diversas influências, realizando um show conciso, destacando-se a presença de palco meio performática do vocal e guitarra, Rafael Dantas, e para o vocal e peso empregado pela baixista,Pat Yegros, que levantou a galera.
Finalizando o evento, direto de São Paulo, o Projeto Realejo demonstrou todo seu talento com suas influências que vão de Beatles a Chico Buarque, mesclando peso de guitarra, baterias trabalhadas, uma excelente dupla de metais, arranjos simples de teclado e cordas nítidas. A banda demonstrou uma musicalidade ímpar, com covers inusitados e músicas autorais bem executadas, com destaque para a canção Raro e Feito, terminando o dia com um grito mesclado de rock, soul, balada, ska e a “levada boa da MPB”.
Entrevista com o João Rafael, vocalista do Trianon, de Sabará.
Destaque da cena underground de Sabará, a banda Trianon abriu no último sábado, 20 de fevereiro, o Grito Rock 2010 América do Sul em Sabará, iniciando o evento com o grito suave do seu rock alternativo. Na manhã de segunda-feira, conversamos por telefone com o vocalista da banda, João Rafael, que nos concedeu a seguinte entrevista.
Trianon
Coletivo Semifusa: Como surgiu o Trianon?
João: A banda surgiu em 2002, numa reunião de amigos de infância tocando covers. Acho que ela surgiu como toda banda, né?!
Quais as maiores influências do Trianon?
Cada um vem de uma parte diferente, mas misturando tudo que influi a galera... eu, o Tiago (guitarra), o Rafael (baixo) e o Chicó (bateria)... acaba dando no que dá. Sei lá, vai desde as guitarras do Led, à influência direta que vem do Los Hermanos, no cenário nacional. Eu diretamente tenho uma grande influência do Jeff Bucklley.
E a trajetória da banda até então?
A banda surge em 2002, trabalhando com covers, em 2003 se inscreve em festivais autorais passando a produzir material próprio. Nesse ano ganhou o prêmio de melhor música no FesCan (Festival da Canção Sabarense), com a canção Teoria da Conspiração, e em 2005 o prêmio de melhor arranjo pela música Insônia, e também o prêmio de melhor intérprete. Assim, a gente passou a mesclar covers e autorais, agradando a uns e nem tanto a outros. A banda acabou ficando parada um tempo, por decidir trabalhar no material autoral e não possuir tanto espaço para isso. Em 2007, com o surgimento do Fórceps, integrou o coletivo e passou a desenvolver ainda mais músicas, buscando seu espaço com o trabalho autoral, sendo agraciada em 2009 com uma apresentação no Teatro Municipal de Sabará, voltando com gás total a partir de então.
Como você define o som do Trianon?
Acho muito difícil definir, acho que é um rock alternativo mesmo, experimental e calmo, acho que é indie né?! (risos)
Tocar em casa é bom para o Trianon?
É sempre bom! O legal é ver a mudança no público! Havia uma receptividade maior do público com covers, a gente ganhava espaço em festas e coisas assim. A partir do momento que a banda passa a trabalhar o material autoral você sente aquele baque, a diferença no público que te acompanha. A banda evolui e o público muda com você, e sempre há um feedback, principalmente em casa. No final das contas é um saldo positivo.
Qual a impressão final da banda sobre o GR Sabará?O evento ocorreu com apoio do comércio local e da prefeitura, que liberou o espaço para os shows, banheiros químicos, estrutura para barracas e presença da guarda municipal. Destaque para a barraquinha do Fórceps que apresentou vasto material, incluindo a camisa do Grito Rock América do Sul 2010 Sabará, simples e atrativa.
A Praça Santa Rita, localizada exatamente no centro histórico da cidade, foi um cenário aconchegante para as apresentações que ocorreram no coreto, com equipamento de primeira suprindo todas as necessidades das bandas. Durante o fim da tarde e princípio da noite circularam por lá cerca de 350 pessoas, além de espectadores atentos de seus “camarotes VIPs” nas janelas dos belíssimos casarões que cercam o local.
Às 16 horas teve início a primeira atração, a banda local Trianon com seu rock alternativo, ganhadora de prêmios em festivais locais, sendo um dos principais nomes da cena sabarense. A banda subiu ao palco demonstrando maturidade, executando bons riffs, arranjos e composições, que oscilam entre melódico, melancólico, corriqueiro, inteligente e suave.
Logo em seguida, com a sua miscelânea de diversos estilos e trechos de “músicas alheias” inseridos em suas letras, o Graveola e o Lixo Polifônico apresentou o seu estilo musical “incerto e difícil de descrever”, revezando instrumentos entre os músicos, utilizando ainda diversos arranjos de percussão e voz, sendo ovacionado pelo público presente, que pediu bis no final.
O Festenkois, de Belo Horizonte, levou para Sabará o peso do rock em inglês oriundo de diversas influências, realizando um show conciso, destacando-se a presença de palco meio performática do vocal e guitarra, Rafael Dantas, e para o vocal e peso empregado pela baixista,Pat Yegros, que levantou a galera.
Finalizando o evento, direto de São Paulo, o Projeto Realejo demonstrou todo seu talento com suas influências que vão de Beatles a Chico Buarque, mesclando peso de guitarra, baterias trabalhadas, uma excelente dupla de metais, arranjos simples de teclado e cordas nítidas. A banda demonstrou uma musicalidade ímpar, com covers inusitados e músicas autorais bem executadas, com destaque para a canção Raro e Feito, terminando o dia com um grito mesclado de rock, soul, balada, ska e a “levada boa da MPB”.
Entrevista com o João Rafael, vocalista do Trianon, de Sabará.
Destaque da cena underground de Sabará, a banda Trianon abriu no último sábado, 20 de fevereiro, o Grito Rock 2010 América do Sul em Sabará, iniciando o evento com o grito suave do seu rock alternativo. Na manhã de segunda-feira, conversamos por telefone com o vocalista da banda, João Rafael, que nos concedeu a seguinte entrevista.
Trianon
Coletivo Semifusa: Como surgiu o Trianon?
João: A banda surgiu em 2002, numa reunião de amigos de infância tocando covers. Acho que ela surgiu como toda banda, né?!
Quais as maiores influências do Trianon?
Cada um vem de uma parte diferente, mas misturando tudo que influi a galera... eu, o Tiago (guitarra), o Rafael (baixo) e o Chicó (bateria)... acaba dando no que dá. Sei lá, vai desde as guitarras do Led, à influência direta que vem do Los Hermanos, no cenário nacional. Eu diretamente tenho uma grande influência do Jeff Bucklley.
E a trajetória da banda até então?
A banda surge em 2002, trabalhando com covers, em 2003 se inscreve em festivais autorais passando a produzir material próprio. Nesse ano ganhou o prêmio de melhor música no FesCan (Festival da Canção Sabarense), com a canção Teoria da Conspiração, e em 2005 o prêmio de melhor arranjo pela música Insônia, e também o prêmio de melhor intérprete. Assim, a gente passou a mesclar covers e autorais, agradando a uns e nem tanto a outros. A banda acabou ficando parada um tempo, por decidir trabalhar no material autoral e não possuir tanto espaço para isso. Em 2007, com o surgimento do Fórceps, integrou o coletivo e passou a desenvolver ainda mais músicas, buscando seu espaço com o trabalho autoral, sendo agraciada em 2009 com uma apresentação no Teatro Municipal de Sabará, voltando com gás total a partir de então.
Como você define o som do Trianon?
Acho muito difícil definir, acho que é um rock alternativo mesmo, experimental e calmo, acho que é indie né?! (risos)
Tocar em casa é bom para o Trianon?
É sempre bom! O legal é ver a mudança no público! Havia uma receptividade maior do público com covers, a gente ganhava espaço em festas e coisas assim. A partir do momento que a banda passa a trabalhar o material autoral você sente aquele baque, a diferença no público que te acompanha. A banda evolui e o público muda com você, e sempre há um feedback, principalmente em casa. No final das contas é um saldo positivo.
Pra gente foi muito “foda”, a coisa maior que a gente fez em Sabará foi isso, e a gente conseguiu ocupar o melhor palco da cidade (tirando o teatro). Ali você vê que o público varia muito, e foram só quatro bandas. Teve o pessoal mais pesado, o samba do Graveola, a galera de Sampa, e isso tudo logo após o carnaval, que é muito forte na cidade. Isso é muito bacana. Esse contato com outras bandas que estão circulando pra “caramba” é muito importante. A banda Trianon quer circular bastante. Então é uma experiência muito válida. Fora que é muito positivo pra cultura local esse evento. E o principal é o intercâmbio cultural que é sempre bacana, tanto quando se é anfitrião, quanto quando se é recebido em outros locais que você vai tocar. Resumindo, o Grito Rock 2010 foi “foda”!!!
www.myspace.com/trianonforceps
www.myspace.com/trianonforceps
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