Por: Rodolfo Gullar
Vamos falar agora do cara que aos 13 anos escrevia roteiros e desenhava quadrinhos, que sempre quis criar estórias e sonhava em ser os heróis dos filmes de ação americanos.
Gemersom Sander é cineasta e mora em Ribeirão das Neves. Produz cinema desde 1999, quando adquiriu a sua primeira câmera, tendo como produção inicial uma lenda urbana contada pelo pai dele, “Mácua”: seria um título de uma versão do Curupira Mineiro.
Rodolfo no “M-74 Mosquito” e Sander no “EXT C9 |
O filme é de suspense, foi produzido em uma mata no bairro Jardim Colonial e já conta com alguns efeitos especiais.
Depois disso, Sander já produziu diversos filmes, já participou de vários festivais e mostras. Para conhecer um pouco mais, confira uma pequena entrevista exclusiva, cedida ao coletivo Semifusa.
Semifusa: Como começou a se interessar por produção de filmes?
Sander: As revistas em quadrinhos que produzia, tendo como protagonistas pessoas da minha esfera de relacionamento, já era uma manifestação inclinada para filmes, porém paliativa.
Semifusa: Qual o seu gênero predileto? Explique, por favor.
Sander: A ficção científica, isto pelo fato de maior “liberdade” de criação e, por mais paradoxal que pareça, maior disponibilidade de recursos reciclados. Prefiro “criar histórias” do que “contar histórias”.
Semifusa: Você é uma das pessoas que é reconhecido fora de Ribeirão das Neves e nem tanto dentro da própria cidade, o que você acha que falta na cidade para que o seu trabalho seja distribuído localmente?
Sander: Creio que não somente meu trabalho mas os de muitos outros talentos da casa, que assim com nosso nariz, não são percebidos sem um bom espelho. Já lutamos para ter nosso material, o que precisamos é de uma “janela aberta” para mostrar o que temos a oferecer.
Semifusa: O que você acha do atual momento do setor cultural de Ribeirão das Neves e qual são suas perspectivas para o futuro?
Sander: Algumas pessoas as quais já conheciam meu trabalho e conseqüentemente minha luta para expô-lo aqui, vem-me contactando no sentido de sinalizar uma nova roupagem na cultura de Neves, porém, estando a participar deste processo de mudança freqüentando as reuniões, posso dar a elas meu próprio parecer não especulativo de que FINALMENTE seremos “respeitados” em nossa própria casa.
Semifusa: E o que você acha do momento do cinema nacional?
Sander: O cinema anterior (cultura) está sendo substituído pelo novo cinema (indústria) que ao contrário do seu antecessor, este gera empregos. Ainda faltam muitos paradigmas a serem quebrados, mas o próprio sistema digital de TV propicia uma abertura maior no horizonte das produções independentes. Vivemos a era Vetorial, a era Photoshop e agora a era AUDIOVISUAL em que qualquer estabelecimento comercial hoje há uma tela de TV com seu próprio comercial. Quem botar bons ovos hoje, será eternizado amanhã.
Semifusa: Tem algum filme saindo do forno? Dá para dar uma “palhinha” do que vem por ai?
Sander: Estou a terminar a segunda parte de uma sequência de uma trilogia do primeiro filme de ficção que havia feito em 1999, Razias. Abusando de efeitos digitais, visuais e novas técnicas de produção como um todo, esta sequência recebe o título de “Sozinho no Inferno”. O protagonista Sander, um soldado da unidade CEL Controle a Espécime Laboratorial se vê novamente diante de seu maior pesadelo. Retornar ao antigo laboratório para salvar sua ex-esposa que se encontra ameaçada por sua própria criação, uma entidade biológica destinada a doação de órgãos que sofreu mutações após os seis anos, a contar da primeira sequência, destruindo tudo a sua frente. E para piorar, esta está contaminada com uma bactéria carnívora. Correndo contra o tempo, Sander tem de enfrentar seu pior pesadelo para salvar Ana (ex-esposa) e os moradores do vilarejo “Vila Feliz”.
Pra saber mais sobre os trabalhos do Sander acesse: www.sandervideos.com
Veja um dos vídeos do cineasta nevence.
hahahaha
ResponderExcluiro melhor de tudo é a foto