Festival Semifusa

Com a correria do fim de ano nem tínhamos tido tempo de falar sobre o sucesso que foi o Festival Semifusa. O evento, que rolou nos dias 11 e 12 de dezembro, foi mais do que um festival de música, foi na verdade o início de um trabalho coletivo em torno da construção da cena independente em Ribeirão das Neves. Oito bandas da cidade estiveram
envolvidas na produção do Festival e na organização do show. Músicos se desdobraram contribuindo com o que sabem fazer para que o coletivo alcançasse seus objetivos. Muito trabalho desde a idéia inicial, passando pela pré-produção, divulgação, até a execução do show propriamente dita.



Mas a trabalheira valeu a pena e o Festival foi a oportunidade de encontrar velhos amigos, fazer novos, beber umas cervejas... e, principalmente, curtir o som de altíssimo nível das dez bandas que se apresentaram nas duas noites do evento.

Na sexta-feira o público curtiu o rock progressivo do 4instrumental (Sabará), as belas letras e melodias do Madrasta (Justinópolis) e ainda pôde conhecer o som das bandas nevenses Audioativo e Última Ratio em seu primeiro show.

No sábado, o Festival também foi marcado pelo início de outros projetos como o primeiro show da nova formação da banda Verto (Ribeirão das Neves), lançamento do primeiro CD do Manolos Funk (Vespasiano), primeiro show em Neves da banda Cidadão Comum – antes Orfeu – com este nome. Nesse mesmo dia ainda tocaram as bandas Curved (BH), Radar04 e Monophobia (Ribeirão das Neves).

Durante o evento foi realizada uma pesquisa descritiva, a fim de obter informações sobre o público presente, conhecer o perfil dos consumidores culturais do município, suas preferências e sugestões.

Havia estandes de coletivos parceiros, como o Fórceps (de Sabará) e o Pegada (de Belo Horizonte) que venderam CDs de bandas independentes, camisas, fanzines e outros artigos relacionados à música alternativa. Este foi, sem dúvida, o clímax do
evento: a interação de artistas, produtores, repórteres e músicos independentes de vários lugares, dentre os quais, Vespasiano, Sabará, Itabirito e Belo Horizonte. Sem esquecer, é claro, do público destas cidades, que veio prestigiar o evento nevense e que voltou pra casa satisfeito com o que viu e ouviu.

Outros eventos virão! A vontade dos músicos, artistas e produtores de Ribeirão das Neves é grande, bem como é grande o anseio do povo da cidade por uma vida cultural ativa no município. Em fevereiro de 2010, Ribeirão das Neves, juntamente com outras cidades da grande BH, será palco do evento conhecido como “Grito Rock”. Seguindo a mesma lógica do Festival Semifusa, o Grito Rock abrirá oportunidades para que bandas independentes, da cidade e de fora, possam mostrar seu trabalho. Para o segundo semestre de 2010 está prevista a volta do lendário “Rock in Neves”, evento que agitava o município uma vez por ano e que, em cinco edições, reuniu várias bandas da cidade e de fora e um público que crescia a cada ano. Aguardem!

Por Ivanil Porto e colaboração Viviane Ferreira

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